quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Fuga

Por entre as árvores ele corria
O ar fresco e puro batia-lhe na pele
Até que finalmente chegou.
Com a respiração ofegante
Mergulhou vestido.
Todo o barulho se desvaneceu
Era um silêncio profundo
Dava aos braços
E sentia cada vez mais
A saudade que lhe estivera
Subentendida todo este tempo
Em que ele viveu em melancolia
A água roçava no seu corpo
Pura e cristalina.
Voltou à superfície
E apareceu como que num desencanto.
Sentou-se num rochedo
No qual se espraiavam os raios de sol
E olhou à sua volta...
O seu olhar prendeu-se numa gerbera
E como se fosse uma menina de cinco anos
Deu por si a contemplar
O florescer das magnólias
Como se estas consigo falassem...
E então levantou-se
Descalço, passeou os pés na erva fresca
Inspirou abundantemente
Tudo o que aquele lugar lhe proporcionava,
Com o nariz e com os olhos.
E com o coração vestido de harmonia e liberdade,
Saiu da floresta e voltou à cidade.

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