Anexei-te ao poema e deu nisso:
Primeiro foi um verso que estava a mais. E a rima, confesso, era despropositada.
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(Nunca te encontro.)
Os livros, por ler, estão espalhados pelo chão do quarto. Ligo a televisão. Qualquer enredo com final feliz me parecerá menos odioso. Mais ficcional. Menos tu.
Cultura: Acto, arte, modo de cultivar, instrução, apuro, estudo, saber (...).
sábado, 17 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
O último romance
Já tinha o que era preciso para escrever um livro. Procurei durante o sempre em que existi, a ideia, sem ter a ideia de que caminhava com ela, lado a lado. Para chegar ao que sempre em mim sabia. Sabia que era feita dela, que era por ela que me movia, movia-me com ela, dela. Já a eras antes de te ter, mas houve o dia em que ela teve a tua pele.
Tenho tudo para escrever um livro, faltam-me ás páginas feitas das árvores dos nossos sonhos, faltam-me as palavras de que és feito e que ninguém inventou.O meu romance é feito de todas as páginas em branco. Não irei termina-lo, continuarei a escreve-lo no sítio onde as páginas são numeradas de números que estão depois do infinito.
Não nos amamos para sermos entendidos, nem tão pouco para sermos palavras.
Tenho tudo para escrever um livro, faltam-me ás páginas feitas das árvores dos nossos sonhos, faltam-me as palavras de que és feito e que ninguém inventou.O meu romance é feito de todas as páginas em branco. Não irei termina-lo, continuarei a escreve-lo no sítio onde as páginas são numeradas de números que estão depois do infinito.
Não nos amamos para sermos entendidos, nem tão pouco para sermos palavras.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
LACA
Laca não é nome de bicho
nem de mulher tampouco.
Também não é um caminho
nem nome de terra perdida.
Espirra com força isso sim
põe-me os cabelos em pé.
Envaidece-me quanto baste
une-me os fios um a um.
Conduz-me a ti meu amor
porque hoje sim
dei-me à luz para ti.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Desfiz-me dos livro
Desfiz-me dos livros que li, sem pudor. Que me importa se a Madame Bovary continua a cair no mesmo erro? Ou que o Holocausto tenha sido um dos maiores crimes da humanidade? Sartre enoja-me e Sofi Oksanem talvez tenha merecido o prémio Femina.
(Nunca te encontro.)
Os livros, por ler, estão espalhados pelo chão do quarto. Ligo a televisão. Qualquer enredo com final feliz me parecerá menos odioso. Mais ficcional. Menos tu.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Partes
As persianas partiram-se,
as roldanas que prendiam as persianas partiram-se,
os espelhos do teu vizinho partiram-se,
as do meu, também;
houveram frios e tempestades que se partiram
que fizeram tudo partir-se,
que fizeram as casas partir-se
as telhas partir-se
as vigas partir-se
a terra toda partida;
as avós também partiram
a verdura dos teus olhos partiu,
todas as mães partiram
os autocarros as esquinas
os bairros no fim das avenidas,
em ruído, tudo partiu,
e tu também. Partiste.
as roldanas que prendiam as persianas partiram-se,
os espelhos do teu vizinho partiram-se,
as do meu, também;
houveram frios e tempestades que se partiram
que fizeram tudo partir-se,
que fizeram as casas partir-se
as telhas partir-se
as vigas partir-se
a terra toda partida;
as avós também partiram
a verdura dos teus olhos partiu,
todas as mães partiram
os autocarros as esquinas
os bairros no fim das avenidas,
em ruído, tudo partiu,
e tu também. Partiste.
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