Cultura: Acto, arte, modo de cultivar, instrução, apuro, estudo, saber (...).
sábado, 13 de outubro de 2012
o final da rua
terça-feira, 9 de outubro de 2012
até à morte
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Sortilégios
quarta-feira, 16 de maio de 2012
..
talvez de todas as palavras a minha voz
talvez de todo o meu corpo a minha alma
talvez dos meus poemas a ti mesmo
talvez oferecendo-te nunca te tivesse
nunca mais te escrevi, assim te guardo.
como quem quer o mundo inteiro só para sí.
domingo, 13 de maio de 2012
.
Um frenesim que se instala aos ouvidos de quem passa e por quem passa, como uma lâmina que impede uma fuga forçada do local que o destino escolheu para realizar esse destino.
Consegue ser mais delicado do que qualquer homem que se imagina quando se imagina um homem.
De certo nos cruzamos para que se cumprisse algum fim, consigo senti-lo. não consinto que falem de intuição feminina. É o destino a olhar-me nos olhos e tu também o sentes de certo porque me olhas.
Incomoda me as gentes a atravessar-me o destino. perco-te segundos mas sinto-te esperando. Continuas sem desviar o olhar como calculei. não consinto que me falem em perspicácia. Sei o que vejo não o que ouço. o destino a tentar cumprir-nos.
Por obrigação do destino que ousei não cumprir saio a tempo na paragem.
Assusta-me pensar que tantas vezes deixo que a felicidade saia na paragem do lado.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Loira Flamejante
Do meu vestido azul de veludo pregueado, aos dois laços de letras neon escarlate,
cruzados um sobre o outro na cabeça...toda eu era fonologia.
Da pele, feixes ondeantes de versos frenéticos entre o rodopio de um refrão de luz, sílabas métricas entrecortadas por um abrir e fechar de acentos doirados chamejavam as letras do timbre da tua guitarra, e as sapatilhas:
com a lua debaixo dos pés, traziam o céu estampado a verniz.
Frases simples contidas em bolas de sabão, envolviam-me de magia, num outdoor gigante frente à tua casa.
O meu vestido tinha flores bordadas e muitas, muitas rimas.
O anel cheirava a jasmim e tu, arquiteto do poema, beijavas-me a mão,
virgulando flama em flama este guizo d’oiro deflagrado em mim.
Botão a botão, vogal a consoante, ao teu ritmo, transparecia o tule carmim.
Hoje adormeço à espera de sonhar contigo, nesta morada de papel
rasurada de nostalgia.
Hoje dou de tomar à dor para que não se torne tirana.
Amante de Balzac, Flaubert e Machado de Assis.
Guerreira poética, amante de Aquiles, sepulcro no peito o amargo doce da vida.
Numa gramática de sonhos, loira flamejante, toda eu era poesia.
domingo, 8 de abril de 2012
Não sei o que faça…. Não choro agora mas chorarei quando sozinho no recanto da minha alma a que chamo quarto…
quarta-feira, 4 de abril de 2012
no turbilhão das letras
domingo, 25 de março de 2012
ao abrigo das intempéries
e as coisas das casas aparecem
aparecendo um mundo lá dentro
como o mundo que aparece contigo cá fora
igual a ti as palavras os olhos os alicerces
mas tu apareces até por cima das casas
e a poesia aparece contigo
sabendo então que tu foste a base
e o início de tudo em ti aparecia
dentro de ti a palavra
o princípio aparecias
agora o fim
apareceste.
quinta-feira, 22 de março de 2012
...
ou melhor: geme.
tens direito de escolha se escolheres fugir ou gritar.
e gemeres por aí, claro.
agora ficar não fiques. Salva-te.
se eu não te posso salvar, então por favor salva-te,
mas não fiques que afinal a minha dívida contigo apenas cresce a toda a hora.
é, era só gentileza sem carácter.
(de outra forma quase que podia ser bondade)
mas insistes em desvendares-te em segredos
- que se irritam uns aos outros - e fazes de conta que vais
fazes de conta que ficas.
valem-me os cigarros, o cheiro a tabaco nos dedos. a ânsia.
e depois, mais uma vez, a recordação da dívida. mas aviso-te:
não fiques e não me olhes,
caso contrário transformar-te-ei em pedra,
como Medusa.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Perdido nas ruas boemias da minha alma
Passeio pela mente Lisboa uma escuridão inunda a minha cidade deserta e bela Possuo Lisboa e ando tranquilamente agora na estrada embrançando a (minha) escuridão.
Olho minha alma e vejo um túnel à minha retaguarda volto-me para a frente para contemplar a bela escuridão azulada da minha alma e vejo um candeeiro
de onde terá saído Apercebo-me de que estou na minha Sintra e sorrio com tristeza que saudades
Vagueio agora sozinho com a minha lágrima e respiro o ar puro e inexistente da minha amada Sintra Fecho os olhos e inspiro mais fundo uma e outra vez e cheiro o iodo do meu mar Abro os olhos e sem surpresa contemplo o meu oceano acompanhado agora pela solidão da minha alma.
sábado, 17 de março de 2012
dar uma volta
Esperei anelando que chegasses. A tormenta parecia nunca mais querer findar, no momento em que eu deambulava na melancolia do sentimento que me estaria a agoniar. Levantava-me sistematicamente do fauteuil e de imediato voltava-me a sentar. A tormenta de mim se apoderava, e eu já não conseguia mais aguentar. Porque tardas tanto em querer te aproximar? Haverá alguma razão pela qual te queres afastar? Quando, então, recebi um sinal de que acabarias por regressar, comecei a conjurar o tempo que levarias para até mim chegar. Enquanto passava o tempo a ansiedade ia aumentando, a inquietação tornara-se ainda mais constante. Os ponteiros do relógio mais rápido avançavam e o meu coração palpitava como os ponteiros desse relógio que exponencialmente se intensificavam. No entanto tu teimas em não cercar, por isso decidi por ti esquadrinhar. Busco a um passado, que não existe, que é futuro de um futuro que já passou e nunca deveria ter existido! E foi aí que te encontrei... Por isso agora vai...
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
os Anjos
domingo, 11 de março de 2012
hei-de amar uma pedra
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