Loira flamejante, toda eu era poesia.
Do meu vestido azul de veludo pregueado, aos dois laços de letras neon escarlate,
cruzados um sobre o outro na cabeça...toda eu era fonologia.
Da pele, feixes ondeantes de versos frenéticos entre o rodopio de um refrão de luz, sílabas métricas entrecortadas por um abrir e fechar de acentos doirados chamejavam as letras do timbre da tua guitarra, e as sapatilhas:
com a lua debaixo dos pés, traziam o céu estampado a verniz.
Frases simples contidas em bolas de sabão, envolviam-me de magia, num outdoor gigante frente à tua casa.
O meu vestido tinha flores bordadas e muitas, muitas rimas.
O anel cheirava a jasmim e tu, arquiteto do poema, beijavas-me a mão,
virgulando flama em flama este guizo d’oiro deflagrado em mim.
Botão a botão, vogal a consoante, ao teu ritmo, transparecia o tule carmim.
Hoje adormeço à espera de sonhar contigo, nesta morada de papel
rasurada de nostalgia.
Hoje dou de tomar à dor para que não se torne tirana.
Amante de Balzac, Flaubert e Machado de Assis.
Guerreira poética, amante de Aquiles, sepulcro no peito o amargo doce da vida.
Numa gramática de sonhos, loira flamejante, toda eu era poesia.
Do meu vestido azul de veludo pregueado, aos dois laços de letras neon escarlate,
cruzados um sobre o outro na cabeça...toda eu era fonologia.
Da pele, feixes ondeantes de versos frenéticos entre o rodopio de um refrão de luz, sílabas métricas entrecortadas por um abrir e fechar de acentos doirados chamejavam as letras do timbre da tua guitarra, e as sapatilhas:
com a lua debaixo dos pés, traziam o céu estampado a verniz.
Frases simples contidas em bolas de sabão, envolviam-me de magia, num outdoor gigante frente à tua casa.
O meu vestido tinha flores bordadas e muitas, muitas rimas.
O anel cheirava a jasmim e tu, arquiteto do poema, beijavas-me a mão,
virgulando flama em flama este guizo d’oiro deflagrado em mim.
Botão a botão, vogal a consoante, ao teu ritmo, transparecia o tule carmim.
Hoje adormeço à espera de sonhar contigo, nesta morada de papel
rasurada de nostalgia.
Hoje dou de tomar à dor para que não se torne tirana.
Amante de Balzac, Flaubert e Machado de Assis.
Guerreira poética, amante de Aquiles, sepulcro no peito o amargo doce da vida.
Numa gramática de sonhos, loira flamejante, toda eu era poesia.
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