Cultura: Acto, arte, modo de cultivar, instrução, apuro, estudo, saber (...).
sábado, 17 de dezembro de 2011
o poema
Primeiro foi um verso que estava a mais. E a rima, confesso, era despropositada.
sábado, 10 de dezembro de 2011
O último romance
Tenho tudo para escrever um livro, faltam-me ás páginas feitas das árvores dos nossos sonhos, faltam-me as palavras de que és feito e que ninguém inventou.O meu romance é feito de todas as páginas em branco. Não irei termina-lo, continuarei a escreve-lo no sítio onde as páginas são numeradas de números que estão depois do infinito.
Não nos amamos para sermos entendidos, nem tão pouco para sermos palavras.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
LACA
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Desfiz-me dos livro
(Nunca te encontro.)
Os livros, por ler, estão espalhados pelo chão do quarto. Ligo a televisão. Qualquer enredo com final feliz me parecerá menos odioso. Mais ficcional. Menos tu.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Partes
as roldanas que prendiam as persianas partiram-se,
os espelhos do teu vizinho partiram-se,
as do meu, também;
houveram frios e tempestades que se partiram
que fizeram tudo partir-se,
que fizeram as casas partir-se
as telhas partir-se
as vigas partir-se
a terra toda partida;
as avós também partiram
a verdura dos teus olhos partiu,
todas as mães partiram
os autocarros as esquinas
os bairros no fim das avenidas,
em ruído, tudo partiu,
e tu também. Partiste.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O falso Herói.
Continuo a passa-las à frente.
Custa assistir à hipocrisia de alguém que julgávamos que fosse...
o Herói.
saudade
saudade
um suspiro arrancado ao peito
um lamento que corrói
acende e queima e apaga
ao mesmo tempo
na memória do corpo
um movimento
um pé que se estica
um braço que se dobra
um olhar que se baixa
uma ferida que não sara
tão perto e tão longe
está o céu
domingo, 27 de novembro de 2011
No prédio
O Baptista vai estar à espera do filho. Por sua vez, o filho vai chegar, vai levá-lo, vai acenar-lhe e o Baptista vai-se embora. Isto se o filho do Baptista não sair do carro. Caso contrário, o filho do Baptista vai sair do carro, vai trazer um andarilho, vai agarrar o pai e depois ainda vir-me-á bater à porta a dizer as boas tardes.
Bem, eu de facto, como dizia, entretanto fui ao café, voltei, cheguei ao prédio e o homem ainda lá estava. A blusa verde de todos os dias, o mesmo cheiro a tabaco tresandando pelo prédio. Olha-me, pára, e nós conversa de escadas — Bom dia dona Odete – Boa tarde sr. Baptista. E eu sigo. Coitado do homem que está sempre metido em casa e não vê ninguém. Tem a mulher de cama já vai para cinco meses. Tem a cara abatida. O filho chega, não sai do carro. Lentamente, o sr. Baptista vai dar o seu passeio de todos os dias.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Por onde
por onde não ia, nunca mais,
por onde não ia ninguém
por de onde não vinha ninguém.
Ia, ia,
pelas estradas percorrendo o betão a cal
e de lá nada vinha
por de onde não vinha
ninguém de ninguém.
Ia, errando pelas memórias de estradas,
por de onde ia
e continuava a vir.
Errava pelas memórias que iam
e pelas estradas que vinham
das memórias de ninguém.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A Willie
- A willie morreu. Veio até à porta da varanda e morreu.
O silêncio dos mortos
sábado, 19 de novembro de 2011
Habitáculo em chamas
está o quarto cheio de essência
cheio de tudo a rebentar,
estratos de folhas
sobrepondo-se a camadas de pensamento
e há um intelecto violento
onde todo o habitáculo arde,
as paredes vertem magma
desnudando a pulsação anterior
que já antes ali habitava
plantada a sangue-frio
da voz urgente onde já residia
a primeira vontade que espalhara o caos por toda a casa.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
os textos são corpos efémeros onde residem ideias que reencarnam continuamente
Utopia
Um pensamento de um mundo paralelo,
Onde mares e céus se cruzam,
Reflectindo a imensidão de um mundo perfeito,
Onde tu e eu não coexistimos.
Adormeço neste meu anseio incontrolável do imaginário,
Caiu num sono vazio perdida no irreal,
Tento fugir, mas sou puxada pelos meus sentidos,
Adormecida no sonho pelo fascínio.
Deixo-me finalmente avançar para a descoberta,
O tanto desejado novo mundo,
Onde a fauna e a flora se unem num só
Criando a virgindade da floresta.
Consumo-me pela praia iluminada pelo sol,
Onde as ondas abraçam a praia
Onde as águas são límpidas e abundantes de vida
Onde quem reina é o som da maré subinte e descente no areal.
Perdida neste paraíso conheço a solidão,
Sem atravessar os oceanos vivos que tenho no interior,
Deixo-me ficar, não tento fugir,
Não encontro o caminho para o imperfeito,
Procuro-te em mim.
Espero que chames meu nome mais uma vez,
És o meu imperfeito, mais que perfeito,
Tinta da caneta com que escrevo,
Coração uníssono com a minha existência
Existência sedenta do teu eu.
Sinto finalmente o sol mundano, aquele que todos vêem,
E o calor do teu corpo junto ao meu,
Estamos juntos mais uma vez neste mundo incompleto,
Onde estás tu e podes existir em mim.
Supérfluos, idiotas
sábado, 12 de novembro de 2011
Amizade celestial
Formulário para um requisito nas finanças
há uma fila que vai desde o centro até à porta,
e o teu olhar consome.
números avançam de pessoas que andam
nada pára tudo avança, e o teu olhar arde.
é a vez da minha vez, seguro a caneta
preencho números que me levarão a outros corredores
agarro senhas, e o teu olhar queima.
assino folhas de cálculos, subtraio
iva e descontos, já só falta o cabeçalho
preenche-me, e diz me que o teu olhar mata.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
A Janela
DISCURSO MUDO
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Sirvo-te o jantar
Antes de sentar-te à minha mesa.
Agora, fazes-me de banquete,
Comes-me na cama,
E sais sem nunca ficar para jantar.
Veloz
pensas que és canónica ou quê,
não te ensinaram a ler os clássicos?
já vi que não
recomeçemos a aula:
primeiro a República [a monarquia foi
estagnação do intelecto]
depois Homero, Virgílio, seguimos
Horácio, clarificamos a teoria,
passamos por Petrarca, Camões
uns quantos mais
e logo digo-te o resto,
agora deixa-me vestir
que estou nu.
Ser medo
Sou a penumbra dos mortos.
O abismo que julgas ser o infinito.
O medo que te assusta sem te tocar
Que para sempre será medo
por não te tocar,
por só imaginares.
A angustia deixada em sonhos acordados.
o medo que assusta a alma
sem tocar.
A estranheza,
o medo de ser o último
o medo de ser o único.
Só.
A impossível fuga a morte.
porque já se é a morte.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Há um princípio
ruínas de obras a sangue quente, cicatrizas,
plantas dos pés dos textos no prurido de narrativas que envelhecem
rasgas, folhas meio feridas, de dor exangue
apodrecem nos calaboços de bibliotecas.
escreves inscreves, na ardósia do corpo palavra desnuda
sem retórica, métrica livre palavra pura
descomprometida das eras do concreto do tempo
viajas, na pele limas a cal do corpo, percorres a derme
matiz em matiz, matizas
o tatuado nos ossos do cerne
onde tudo se cria, jardins
plantam árvores árvores constroem casas
maçãs semeiam pecados esboças
o roteiro final dessas busca que buscas
e segues procurando, vês, por fim
na clara noite o caos que em ti tudo degenera
e pareces ser o princípio do nada,
verbo.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sim eu quis-te
e atiramos trapos para o chão,
bebem nos cantos são merdas da vida que passam
não têm lugar não procuram ter lugar
parasitas a fundo que pique
a pique sobem e entranham-se no nosso salário
mas hão de ouvir
da boca dos que nada entra
da boca dos que há muito para cospir, sobre a mesa
em São bento sobre a gravata que está sobre a camisa e sobre pensarem
que estão sobre tudo e todos
e calam ou há aparências do sobre como e porquê fazer
mas não, não, pelo menos o amor da cama não nos cortam.
brincam às troikas e baldroicas
cabras-cegas nas vendas da selvajaria
para onde
há mergulhos de agulhas, seringam jogos de meia europa
e bebem por finos copos de capital.
sacodem-nos, batem a port
ugal que se estilhaça jangada fora, ibéria cruzada
ilha no largo oceano que navega no meio do nada
ainda no decurso da breve tirania
e guilhotinam
décimos terceiros parecem uns apara-notas
cortam tudo ou quase tudo, não sabem do que falam nem falam do que sabem
parecem baratas tontas à deriva em wall street
querem chocalhar os cordéis à nossa bolsa
mas,
não vêm que no nosso amor não mandam.
vampiros
ide arranhar os bolsos às vossas mães.
domingo, 6 de novembro de 2011
os amantes
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Revolto-me
faço votos de indiferença sobre
o vai vém de lixo podre, literatura mínima
não literatura, planos de escrita de
e para a figura fashion, a elite
a cereja na mijordice do bolo o snack
trincado e depois cuspido, essa qualquer
coisa no escaparate, literatura rosa, branca pálida
de ausente cor, desse amontoado de esquiços no wc pertinente
dessa fast literature, o poeta da florzinha e do pássaro
da literatura reproduzida no orgasmo Gutemberg, Grito:
a maquinaria industrial tric trac como uma peça de vestíbulo
não reciclável entulho prévio fossa de ideias
aberrante
colóquio de Marias e Margaridas
Sim, sois vós a camada grossa do literato abéculo
do burburinho na obra, da velha mete-nariz, o amante adúltero
e teenagers coca-cola clichés em profundidade básica
Abomino
os que ainda fazem os que estão para fazer
o romance perfeito hollywood nas entrelinhas
em manhattan brooklyn bridge mais-que-perfeita
edénica estupidez estética reality show
sensacionalismo abrupto Irrompo
para acatar ao senso crítico
elaborado nas torres do córtex
aprumo de meditações
no declinar
do poema contemporâneo.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
MAD HATTER
Let's make rain out of love
Shall I serve you a cup of tea?
Shall tea serves me a cup of you?
Though it might seem nonsence
my dear Alice, you must remember
we're all mad in here
;)
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
dilacerado
o deslumbramento da tolice
pareceu-me curiosa a coincidencia
um único rapaz estudante do feminismo
que abandona a disciplina
não me ri com ar assertivo
mas o riso tolo das primeiras leituras
gosto de provocar os mais sisudos
porque acho que a tolice deve ter lugar
não me ri com a ironia sarcástica
dos que de mim sempre se riem
de mim e das minhas tolices
porque me assumo tola
com toda a dignidade
que a palavra não confere
Só um sábio que saiba ser tolo
o poderá ser de verdade
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
(Sen)(ti)do
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A ideia é que tinha de ser feliz
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Cachopos
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Na tua porta ou na tua?
Antes partia e mete de de mim ficava na porta que me vê voltar sempre que volto, hoje parti... peguei na mala. Estou voltando para a porta que me vê chegar sempre que volto. Essa porta esta a ver me chegar, sem a metade que ainda me restava quando voltava. Agora, para que quero eu abrir esta porta que me vê chegar, se tudo o que de mim restava ficou na tua porta? A minha sombra, o meu chão, eu... Agora a tua porta é a minha porta, e esta, que era minha, não tem mais de mim se não a minha ausência.
Entro na porta cheia de ausência, ou vou ai buscar as duas metades que me faltam?
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
VIVE LA RÉV(E) (S)OLUTION - ao casal desconhecido
No entanto, nada parecia perturbá-los. A verdade é que eles não estavam ali. Estavam noutro lugar, noutro tempo, onde os minutos são horas e as ruas são desertas. Mais ninguém partilhava da mesma realidade. (eu sei porque já lá estive também)
Por três vezes passei por eles, para cima e para baixo, também eu atarefada, e eles lá estavam, imóveis, como se o tempo não passasse. Lembrando que na verdade o tempo é arte, o tempo é beleza e a Terra o lugar para amar.
Naquele local, estava na verdade, outra dimensão. E eles eram o portal para esse universo paralelo: a coexistência de vários mundos no mesmo espaço e tempo.
Ali, naquela mesma rua onde, há poucos meses, outro casal, mais velho talvez, fora espancado pelas mesmas razões: integrarem a dimensão do amor na dimensão quotidiana. Isto é a verdadeira arte. Amada, odiada ou ignorada. Mais espontânea, mais automática, mais filosófica e hormonal do que a arte contemporânea em geral. Mas poesia pura, dança, cinema, fotografia, música, uma pintura subversiva, a revolução dramática do amor em que a rua é o palco e o quotidiano a audiência
dedicado a José Argüelles, falecido no dia anterior, 23-03-2011, não viveu para conhecer o 2012, que descanse em paz
dedicado também aos meus professores de dança, poesia e teatro. Obrigada por me darem asas para sonhar. Respectivamente, Yola Pinto, Rosa Maria Martelo e Alexandra Moreira da Silva
e, claro, também agradeço ao casal pela partilha
O sítio das coisas que se perdem
Vou te guardar no sítio para onde vão as coisas que se perdem. Não é o gostar de perder, é o gostar, dos "apesar´s de tudo" te guardar. E se tudo o que existe têm um sítio, esse será o teu. Não estarás sozinho, nem direi que te perdi. Estarás apenas no sítio das coisas, e com as coisas que se perdem. Ainda assim em mim, que não sou meramente feita do que ganho, mas essencialmente do que perco.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
suit full of colours
Hoje, tudo se apagou por um momento
(a luz à minha volta tornou-se púrpura
e a tua voz foi a minha cura)
o teu olhar doce, talvez sincero,
envolveu-me numa atmosfera de brilho irreal,
arrastou-me do mundo material
(que me olhes mais vezes espero)
e mais! :as tuas palavras sorriram (só para mim);
deram gargalhadas estrondosas;
gritaram o meu nome fervorosas!
Perdemo-nos
Tínhamos tudo, mas, ninguém pode ter tudo. Nós tínhamos... e éramos ninguém. Ninguém, pode ser ninguém.Perdemos tudo.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
A minha casa
A minha casa é versátil. Ela vira do avesso. Na minha casa a parte de dentro fica no lado de fora quando não estamos lá dentro.
Na minha casa há uma coisa que sempre faltou... a água que não chega para saciar ninguém.
Na minha casa há mais amigos que amigos há no mundo.
Em minha casa cabem mundos, cada quarto tem um mundo. Em minha casa o universo cabe lá inteiro e ainda sobra espaço para mais.
Em minha casa há mais portas do que aquelas que podemos ver. As portas em minha casa não servem para fechar.
Em minha casa as fotografias passeiam com memórias e são muito bem vindas.
Em minha casa as paredes também tem lágrimas, mas gostamos delas na mesma. os sorrisos nascem sempre que olhamos as lágrimas passadas e conseguem disfarçar muito bem essas imperfeições do papel de parede.
Em minha casa nós somos maiores que o tamanho que ela aparenta ter, mas cabemos na perfeição
A minha casa cresce sempre que entra mais um!
domingo, 16 de outubro de 2011
Falua da Tarde
Atraco no Caos do Sodré
Final de tarde
Meia-maré.
Falua de Sol no horizonte
Conversa distante entre dois olhares.
Igreja ao fundo na Mouraria
Crucifixo que roga com fé,
Luz sinaleira que comanda
A multidão caótica que passa.
Pôr-do-sol lancinante
No véu dormente desta cidade
Odor amargo que mendiga
Numa garrafa de whisky perdida
Nos escombros desta saudade.
o som do violino
sábado, 15 de outubro de 2011
para o sol não iluminar
demasiado as tuas ideias,
mas olvidei-me, e
por isso agora te escrevo
fazendo destas reles palavras
uma intenção de poema,
num formato Xpto, supra contemporâneo
e em corpo digital. Mas
olvidei-me de novo: afinal é noite
e faz sombra nos teus cabelos. Resta-te
apenas aquecer
os livros do resfriar da madrugada.
anjo negro
Durante a minha angústia, te chamei
pois minha alma de mim se afastava
Por todos os meus pecados chorei
e uma grande tristeza em mim se instalava
Desço nas profundezas do meu coração
à procura de algo que me faça sonhar
Foi aí que eu senti uma imensa paixão
pelo carinho que me tens vindo a dar
Sou teu poeta que vageia por aí a sonhar
tu minha musa que sigo pra me inspirar
Palavras de um eterno coração partido
que diligencia a cura deste que está ferido
pois cada vez está mais desilodido
e teima em que tudo possa algum dia mudar…
Impressões de pianista
O mistério começa a alimentar a ânsia...
A luz irá entrar...
Estendo as mãos até às teclas,
Ansiosas por pôr as garras de fora...
Dou um Dó, toco um Ré e sinto um acorde...
Arrepios correm-me de alto a baixo...
E a minha boca desenha um sorriso
Porque aos poucos os portões da luz abrem-se
A sala vazia ganha vida,
As árvores batem nas largas janelas,
E as minhas mãos harmonizam sons...
E cada tecla desperta ânsia
Capaz de ressuscitar almas
E a música ecoa pela sala
Numa sinfonia profunda,
Em que os olhos lacrimejam,
E o coração não sabe se está vivo...
As teclas deixam as mãos dançarem...
De repente, tudo pára
O silêncio das trevas voltou...
Envolve o coração e deixa-o asfixiado
Tudo na sala fica assustador, profundo
E é então que a Luz mostra as garras
Impõe-se perante as Trevas,
E a pausa termina com um toque...
Suaves, os dedos, passeando cada tecla,
Muito devagar, calmamente...
A melodia vai saindo misteriosa...
E as mãos caem nas teclas pesadamente
E inicia-se uma balada,
Melodicamentre bela,
O meu corpo arrepia-se a cada som
E as mãos terminam a música,
Mas a tampa do piano não se fecha...
Porque a Luz deixou na minha mente
A música a ecoar... para sempre.
( é da minha autoria, toco piano)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Fuga
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Tempo
Sr. Tempo, preciso de ti.
poesia votiva
no corpo devotada, para
ser pétala, palavra
em desabrochares mudos
a quem pólen semeou
as letras
para colher
a obra máxima de renascença. Lexosíntese
conjugação mútua
de palavras
no sol houveram dias
e noites, luas
em que parágrafos derivaram
na insolação,
ganharam os estios
as sílabas diurnas
girando
folhas de papel
girassóis
e poetas ao pontapé
mergulhados na verania.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
as folhas dos livros
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