sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Utopia

Este desejo utópico que me persegue, é meu,
Um pensamento de um mundo paralelo,
Onde mares e céus se cruzam,
Reflectindo a imensidão de um mundo perfeito,
Onde tu e eu não coexistimos.

Adormeço neste meu anseio incontrolável do imaginário,
Caiu num sono vazio perdida no irreal,
Tento fugir, mas sou puxada pelos meus sentidos,
Adormecida no sonho pelo fascínio.

Deixo-me finalmente avançar para a descoberta,
O tanto desejado novo mundo,
Onde a fauna e a flora se unem num só
Criando a virgindade da floresta.

Consumo-me pela praia iluminada pelo sol,
Onde as ondas abraçam a praia
Onde as águas são límpidas e abundantes de vida
Onde quem reina é o som da maré subinte e descente no areal.

Perdida neste paraíso conheço a solidão,
Sem atravessar os oceanos vivos que tenho no interior,
Deixo-me ficar, não tento fugir,
Não encontro o caminho para o imperfeito,
Procuro-te em mim.

Espero que chames meu nome mais uma vez,
És o meu imperfeito, mais que perfeito,
Tinta da caneta com que escrevo,
Coração uníssono com a minha existência
Existência sedenta do teu eu.

Sinto finalmente o sol mundano, aquele que todos vêem,
E o calor do teu corpo junto ao meu,
Estamos juntos mais uma vez neste mundo incompleto,
Onde estás tu e podes existir em mim.

2 comentários:

Olga disse...

Gosto. :)

Rita disse...

Filipa, também gostei. :)