domingo, 11 de março de 2012

hei-de amar uma pedra

vejo-os a cuspirem esperma e trilho na noite inefável e tento chegar a ti. diz-me: se me escutasses o que ouvias do que digo? sabes ao menos a cor dos meus olhos? não te falo no que é dócil e naquilo que aqueles que cospem esperma querem ouvir; da dor. sempre a dor como caminho subordinado à auto-comiseração mesquinha nas amizades perissológicas. exijo mais. uma cruz ou uma merda parecida. que te dilates em mil canos e me digas como Lobo Antunes: eu hei-de amar uma pedra. Eu hei-de. 

1 comentários:

Rita disse...

"Eu já amei uma pedra". Lol

Adorei, como sempre!!!!