quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por onde

Ia pela rua
por onde não ia, nunca mais,
por onde não ia ninguém
por de onde não vinha ninguém.

Ia, ia,
pelas estradas percorrendo o betão a cal
e de lá nada vinha
por de onde não vinha
ninguém de ninguém.

Ia, errando pelas memórias de estradas,
por de onde ia
e continuava a vir.
Errava pelas memórias que iam
e pelas estradas que vinham
das memórias de ninguém.

3 comentários:

cecilia barreira disse...

Como sempre Diogo: és um Poeta.

Diogo Godinho disse...

Fiquei quase sem palavras pelo comentário...

Muito obrigado. Só tenho a agradecer.

Rita disse...

Está lindo.