Existe uma janela muito antiga numa casa dentro de um bosque, ornada com uma cortina de bolor e apenas suspensa sobre um pouco de fio de Ariane.
Todos os dias sobre a janela se debruça uma velha que de manha à noite roga a Atropo para que se sirva da fatal tesoura.
Sabe que a vida só pode alongar-se
enquanto um gato
ainda vem alimentar-se de noite.
Mas o gato desparecera e a oração confunde-se agora no som do vento que agita a cortina, as árvores, o rio, a perda de um tempo que sucede o gosto amargo das estórias que não se realizaram em tempo algum.
3 comentários:
Lindo!!!
Espectacular. Cada vez mais a atingires outras dimensões Olga.
Não é por fazeres hoje anos: mas escreves cada vez melhor. Bj
Enviar um comentário